7 de dezembro de 2017

Mudança de consciência.


Há quase cinco anos, quando nesta vida comecei a lembrar-me de quem Eu realmente Sou, eu queria mais. Eu queria mais, mais o quê? TUDO.

Tudo. 

Eu queria mais amor, mais felicidade, mais poder sobre o que acontecia na minha vida, pois ter que me sujeitar aos raros momentos de felicidade não estava dando certo. Eu queria mais!

Ficar olhando essa dança maravilhosa da vida entremeando as folhas das árvores, me sentir dentro dessa experiência e após esse ludibriante devaneio ter que voltar para a ‘realidade’???   NÃO!!!!
Eu estava cansada de me sentir viva somente nas minhas lembranças da infância onde eu me sentava sozinha, escondida do mundo, na chácara onde eu morava com meus pais, com um caderninho e uma caneta onde eu  dava ao papel a chance de ser minha companhia, junto é claro com uma caneca de alumínio com coco ralado que eu roubava da cozinha, escondida debaixo da casa em que eu morava. 

Horas se passavam e eu voava em silêncio por aquela sensação extasiante de que a vida estava sob meu controle. Quantos anos? Uns 7 ou 8. Nem me lembro direito, pois foi há tanto tempo, mas foi ontem.

As vezes eu não escrevia nada. 

As vezes ficava deitada na grama olhando pro céu, pensando em nada. Minha imaginação sempre me levava a lugares que jamais vou conseguir definir com palavras. Filha única, desejando uma companhia, sedenta por compartilhar do meu silêncio gritante. O tempo passou e um irmãozinho não veio, e a minha companhia se tornou tudo o que eu precisava.

Metida em livros e meu caderninho, eu tinha tudo aquilo que tanto me fazia sorrir…o céu.
Déjà vus eram constantes na minha infância, e eram longos, as vezes duravam 10, 20 segundos. Aquilo que me parecia uma coisa tão estranha e mágica, que só eu tinha, me fez trazer pra vida adulta aquela menina ‘sozinha’ que tinha o mundo dentro da cabeça, praticamente sem amigos, amigos que aos 8 anos não entendiam nada do que eu realmente gostava de falar.

Na adolescência tentei ser como os adolescentes normais, não consegui. Continuei achando estranho não conseguir me ‘conectar’. Mas finalmente me deixei levar por mim mesma de novo, afinal se sentir tão conectada com o vento ao invés das pessoas não devia ser tão ruim assim, pois me fazia feliz. 

Voltei ao meu caderninho e deixava a inspiração falar quando eu não sabia mais o que dizer. Aliás, falar estava se tornando cada vez mais irritante pra mim. O silêncio interno era onde eu queria ficar, então adivinhe, cada vez menos amigos. 
Papo inútil estava fora dos meus desejos mais profundos. Definitivamente.

E hoje, Agora, neste ponto onde estou, mesmo depois de tanto tentar crescer, descobri que onde realmente quero ficar é dentro de mim! Não mais escondida , mas dentro do vento que tanto me faz feliz.

E naquele ponto onde eu disse que comecei a me lembrar de quem Eu realmente Sou, o que aconteceu foi que eu parei de tentar crescer. Achei que crescer era inevitável, obrigatório, por achar e ouvir que a vida era assim, e que assim eu seria feliz. Mas pra que passar por esse processo , pra depois descobrir que felicidade está naquela visão da criança que sabe que o vento que tanto a faz se sentir conectada, está na verdade dentro dela?
E naquele ponto, quase cinco anos atrás, o Universo me trouxe de volta à criança que adorava voar com o vento.
Quase 500 livros e cheguei ao que realmente eu vim fazer aqui. Evoluir. Cada livro, cada vídeo sobre lei da atração, cada novo conhecimento me trouxeram até onde estou, cada um deles foi um degrau, e hoje quando finalmente entendo porque não há como fazer errado, voltei a ser aquela criança que não precisava entender como era ser feliz, simplesmente era.

Hoje minha conexão cresceu, ela se expande até o seu coração.

Cheguei ao ponto onde entendi porque o vento sempre foi tão importante pra mim, ele é a simbologia do amor da fonte de luz universal. Ele É o amor em movimento, ele É as partículas de energia chegando onde devem chegar. Ele É a conexão entre você e eu. Entre o Eu em mim e o Eu em você.


(relato de parte de minha última vida)
Juliane.